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cães mordem mais as pessoas ansiosas

Pesquisa científica demonstra que cães mordem mais as pessoas ansiosas

Pesquisa científica demonstra que cães mordem mais as pessoas ansiosas

Se você já ficou nervoso perto de um cachorro e te disseram para ficar calmo porque cachorros conseguem “sentir cheiro de medo”, você sabe que esse conselho é tão útil quanto falar para uma pessoa nervosa relaxar. O sentimento por trás dessa orientação, no entanto, parece estar enraizado em certa verdade: embora cachorros provavelmente não possam cheirar medo, eles parecem, sim, responder a pessoas temerosas com maior agressividade. Um novo estudo publicado na quinta-feira (1), na BMJ, descobriu que pessoas ansiosas ou neuróticas estão mais propensas a serem mordidas por cães. Além disso, os pesquisadores descobriram que a maioria das vítimas foi mordida por cachorros que não conhecia.

Pesquisadores da Universidade de Liverpool, no Reino Unido, conduziram uma pesquisa com mais de 1.200 lares na cidade de Cheshire, na Inglaterra. Junto com a avaliação de personalidade padrão, eles perguntaram aos entrevistados se já haviam sido mordidos por um cachorro em sua vida; se isso havia levado a algum tipo de tratamento médico; e se eles conheciam o animal em questão.

Das mais de 600 pessoas que responderam, pouco menos de um quarto disse que havia sido mordido. Dessas mordidas (301 no total), um terço exigiu algum grau de tratamento médico, enquanto só uma mordida levou a uma internação no hospital. Os homens eram duas vezes mais propensos a reportar uma mordida do que as mulheres, e donos de cachorro tinham três vezes mais probabilidade. Mas pouco mais da maioria das mordidas, 55% para ser mais exato, aconteceu com pessoas que nunca haviam visto o cachorro antes do incidente.

Outro padrão encontrado foi que as pessoas que eram menos estáveis emocionalmente e mais ansiosas também estavam mais propensas a serem mordidas. Para cada queda em uma medição de neuroticismo em uma escala de um a sete (sete sendo a mais estável), o risco associado de uma mordida sofrida na vida cresceu em 33%.

“Este estudo demonstra que as mordidas de cachorro mais severas, de maior significância em saúde pública, são, por sorte, uma pequena proporção das mordidas em geral que acontecem”, escrevem os autores. Mas eles também apontaram que é “essencial que fatores de risco previamente supostos seja reavaliados, já que esse estudo revelou que crenças antigas, como a de que as mordidas normalmente sejam de cachorros conhecidos, estão sendo contestadas”.

O estudo é um dos poucos a tentar descobrir com que frequência os cães mordem as pessoas, sem ter que contar com registros hospitalares. Eles descobriram que, se o número de mordidas relatadas na cidade no ano passado (13) fosse extrapolado para a população geral do Reino Unido, ele chegaria a 18,7 mordidas a cada mil pessoas anualmente. Esse número é muito maior do que estimativas oficiais, quase três vezes mais alto do que a quantidade frequentemente citada de 7,5 mordidas a cada mil pessoas no Reino Unido.

Embora esse estudo tenha sido baseado em uma amostra de população pequena, suas descobertas se alinham com outras pesquisas. Nos Estados Unidos, o risco de uma mordida de cachorro parece ser tão comum quanto no Reino Unido.

“Na verdade, descobrimos taxas de ocorrência de mordidas de cachorros muito parecidas com as de estudos anteriores nos EUA, e é provável que as causas das mordidas de cães tenham muitas similaridades entre o Reino Unido e os Estados Unidos, assim como existem semelhanças nas maneiras como os cachorros são mantidos como animais de estimação”, contou a autora do estudo, Carri Westgarth, epidemióloga em Liverpool, em entrevista ao Gizmodo.

Conexão ainda sem explicação

O estudo não conseguiu revelar por que a conexão entre mordidas de cachorro e pessoas ansiosas existe, embora Westgarth e seus colegas tenham suas teorias. Já que as pessoas frequentemente relataram ter sido mordidas mais de uma vez, e por muitas mordidas terem ocorrido na infância, é possível que alguém que tenha sido mordido logo cedo na vida tenha crescido mais ansioso, admitiu Westgarth.

“Também é plausível que pessoas com tipos diferentes de personalidade se comportem de maneira diferente perto de cães. Os cachorros acham certos comportamentos humanos ameaçadores e estressantes, respondendo, então, com agressão”, disse. “Também existe uma sugestão de que pessoas nervosas e ansiosas são mais propensas a terem cães nervosos, seja adquirindo cachorros com personalidades parecidas ou por meio de efeitos de seu comportamento um sobre o outro.”

“Nós realmente não sabemos o que está levando a essa associação neste momento, e a descoberta também precisa de confirmação de outros estudos para sabermos se foi um resultado pontual”, acrescentou.

O que fazer

Se ansiedade e outros fatores de risco, como ser homem, de fato são um gatilho para mordidas de cães, então isso poderia levar a iniciativas educacionais mais apropriadas para grupos de risco específicos, como homens, crianças e aqueles menos estáveis emocionalmente, disse Westgarth.

É claro, existem vários passos de prudência que donos de cães e seus admiradores podem seguir para diminuir o risco de uma mordida.

“Eles incluem: pegar cães que tenham pais com bom temperamento; socializar o cão desde o nascimento com uma variedade de pessoas e situações que ele provavelmente vá encontrar ao longo da vida; aprender a interpretar os sinais sutis de que um cachorro pode estar se sentindo desconfortável e estressado e que podem levar a uma mordida; e, mais importante de tudo, ser sensível sobre como o cão é criado e supervisionado”, disse Westgarth. “Por exemplo, não assustar um cachorro quando ele está dormindo, alimentar um cão separadamente e deixá-lo comendo em paz e nunca deixar cachorros e crianças juntos sem supervisão.”

“Tendemos a pensar que ‘não aconteceria comigo’ ou que ‘meu cachorro não morderia’, mas todos os cachorros podem (morder), e precisamos ser realistas para administrar situações de forma que eles nunca sintam a necessidade de morder”, acrescentou.

 

fonte: Gizmodo Brasil e BMJ

Final de semana com Mini Curso CivilizaCão: adestramento de cães para todos!

Mini Curso CivilizaCão: Novidades em adestramento e comportamento de cães para o público!

Turma no mini curso CivilizaCão e a Prof. Helena Truksa – 04 e 05/11/17

Neste final de semana tivemos a segunda edição do Mini Curso CivilizaCão.

Com o objetivo de alcançar o público em geral, desde tutores de cães até profissionais da área pet, como dogwalkers, pet sitters e adestradores, dentre outros, formulamos este mini curso de 5 horas de duração para levar aos interessados noções de adestramento, comportamento canino e bem-estar animal.

Como sempre, o embasamento científico e atualizado foi o carro chefe do evento, que contou com informações técnicas sobre treinamento de cães empregando apenas reforço positivo, sem punições de qualquer espécie e também curiosidades sobre comportamento e cognição canina.

As aulas

Os participantes que levaram seus cães, tiveram a oportunidade de praticar as técnicas de ensino-aprendizagem que utilizamos no treinamento, aplicando os exercícios aprendidos em tempo real, durante a aula.

A filosofia da Ethos Animal não faz distinção entre raças e idade dos animais, pois antes de serem raça eles são todos Cães, igualmente capazes de aprender e de se comunicar com outros cães e também com humanos.

Acima, uma American Pit Bull Terrier, Kyra, interagindo pela primeira vez com o garoto que conhecera no dia do curso. Desconstruindo a imagem negativa formada em torno da raça…

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Descontração e conteúdo de qualidade

Agradecemos a todos os participantes pelo empenho nas atividades e esperamos que o conteúdo absorvido seja proveitoso para o dia-a-dia com os amigos caninos, melhorando a comunicação, a qualidade de vida e o bem-estar geral! 🙂

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Próximas edições

Quer participar do Mini Curso CivilizaCão? Acompanhe as novidades através da fanpage da Ethos Animal no Facebook e fique por dentro das datas de todos os nossos eventos, incluindo o CivilizaCão!

Nossa página: www.facebook.com/EthosAnimal

 

 

Senso de justiça nos animais: Macacos e cães julgam os humanos pelo modo como tratam os outros

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Os cães evoluíram para serem extremamente sensíveis ao nosso comportamento.
SolStock/Getty

 Seja gentil – ou seu cão poderá julgá-lo! Animais de estimação e macacos demonstram preferência por pessoas que ajudam os outros, e isto pode explicar as origens de nosso senso de moralidade.

Estudos envolvendo bebês demonstraram previamente que com 1 ano de idade, os humanos já estão prontos para julgarem as pessoas pelo modo como elas interagem. Isto levou a sugestões de que crianças têm um tipo de moralidade inata que antecede o fato de serem ensinadas a como se comportar.

O Psicólogo comparativo, James Anderson, na Universidade de Kyoto e seus colegas imaginaram se outras espécies fariam avaliações deste tipo de forma similar.

Eles começaram por testar se macacos prego poderiam demonstrar preferência por pessoas que ajudam os outros. Os macacos viam um ator ter muita dificuldade para abrir um pote com um brinquedo dentro.

Então este ator apresentava o pote para um segundo ator, que poderia tanto ajudar ou recusar-se a ajudar a abrir.

Na sequência, ambos os atores ofereciam comida ao macaco, e o macaco escolhia qual oferta aceitar.

Quando o companheiro foi solícito, e ajudou, o macaco não demonstrou preferência entre aceitar a recompensa de quem estava lutando para abrir o pote ou do ajudante. Mas quando o companheiro se recusou a ajudar, o macaco preferiu na maioria das vezes aceitar a comida de quem estava com dificuldades, lutando para abrir o pote.

Jogando bola

O time também investigou as atitudes dos macacos prego frente à justiça. Neste teste, dois atores começavam com 3 bolas cada. O ator A requisitava bolas do ator B, que lhe entregava 3 bolas.

Então o ator B requisitava bolas do ator A, e o A poderia devolver as 3 bolas ou nenhuma bola. Por último, ambos atores ofereciam ao macaco uma recompensa assim como anteriormente.

Os macacos não tiveram preferência quando o ator A devolvia as 3 bolas, mas escolhiam o ator B mais frequentemente quando o A não devolvia as bolas.

Finalmente, os pesquisadores testaram se os cães preferiam pessoas que ajudavam seu tutor. Cada tutor tentava abrir um pote e então o apresentava a um dos dois atores.

Este ator poderia ajudar ou recusar-se a ajudar, enquanto o outros ator permanecia neutro, passivo. Então os dois atores ofereciam ao cão uma recompensa e ele escolhia entre eles.

Os cães não demonstraram preferência quando o primeiro ator ajudava seu tutor, mas escolhiam com maior frequência o ator passivo se o primeiro ator se recusasse a ajudar.

Resposta Emocional

Anderson pensa que os resultados demonstram que os macacos e os cães fazem avaliações sociais de uma forma similar ao modo que os bebês humanos. “Se alguém está se comportando antissocialmente, eles provavelmente terminarão com algum tipo de reação emocional a ele.”, diz Anderson.

Macacos na natureza são mais propensos a utilizar processos similares para decidir com quais membros de seu grupo eles podem cooperar, diz o primatologista Frans de Waal, da Unversidade de Emory na Georgia, EUA, que já escreveu sobre as origens da moralidade.

“A probabilidade é que se estes animais podem detectar tendências cooperativas em atores humanos, eles podem também fazê-lo com seus colegas primatas”, diz ele.

A longa relação dos cães com os humanos significa que eles evoluíram para serem extremamente sensíveis ao nosso comportamento – não apenas ao dos próprios cães, mas também ao de outros humanos.

E nosso próprio senso de moralidade pode até mesmo ter suas raízes neste tipo de avaliações primitivas dos outros.

“Eu acho que nos humanos, pode haver esta sensibilidade básica ao comportamento antissocial nos outros. Então, através do crescimento, ganho de cultura e aprendizagem, se desenvolve em um senso de moralidade pleno”, diz Anderson.

A capacidade de fazer avaliações dos outros poderia ajudar a estabilizar sistemas sociais complexos, capacitando indivíduos a excluírem parceiros sociais ruins, diz Kiley Hamlin da Universidade da Columbia Britânica no Canada. ” Esta exclusão não apenas significa que os indivíduos que fazem avaliações sociais podem eles mesmos evitar interações sociais prejudiciais, mas também pode servir para desencorajar indivíduos de se comportarem mal em primeiro lugar, pois presume-se que eles não querem ser excluídos do sistema social.”, diz ela.

De Waal ve uma forte ligação entre moralidade e reputação: ” A moralidade humana é muito mais baseada na construção de reputação, pois por quê você tentaria ser bom se ninguém se importa? Eu não acho que você possa concluir que isto torna os macacos seres morais, mas “pontuação de imagem”, assim como a construção de reputação é muitas vezes chamada, promove um importante mecanismo chave.”

Tradução livre por Helena Truksa

Bióloga Especialista em Comportamento Animal

 

Journal reference: Neuroscience & Biobehavioral Reviews, DOI: 10.1016/j.neubiorev.2017.01.003 | Versão orignal em inglês: https://goo.gl/u29ehT

 

cachorro é membro da família

Cão: um novo membro da família atual

Alguns anos atrás, o cachorro mesmo já tendo a fama de “melhor amigo do homem” vivia no quintal das casas e fazendas e se alimentava das sobras da comida dos seus donos. Não era permitida sua entrada dentro das casas e era tratado exclusivamente como um animal que ajudava nos trabalhos nas áreas rurais, ou como cão de guarda tomando conta das propriedades. Não era tratado como hoje, como se fosse um membro da família que necessita de carinho e atenção.

Muito diferente daquela época, no mundo competitivo de hoje, as famílias estão se formando mais tarde, diminuindo de tamanho e priorizando a carreira profissional buscando uma qualidade de vida cada vez melhor.

Em busca destes objetivos o homem muitas vezes se afasta da sua família, da sua cidade e vai para longe, ficando cada vez mais sozinho e mais carente . Não acostumado a viver sozinho e lidar com o vazio e o sentimento de solidão que muitos carregam em suas vidas, vão procurar suprir de alguma forma suas necessidades e carências afetivas e é aí que entram os pets.

O cão, na maioria das vezes escolhido por ser o famoso amigo fiel, inteligente e muito amoroso, acabou saindo do quintal e passou a viver não só dentro de casa, como muitas vezes em cima da cama!

Em muitos casos ocupando ou substituindo o lugar de um membro da família, o cão passou a levar uma vida muito humanizada, sendo privado de fazer coisas naturais e instintivas de sua própria espécie e vivendo uma vida muito “fácil” e muito menos canina.

Sem sombra de dúvidas o cachorro é um excelente companheiro, e ele pode ser melhor ainda se puder ser ele mesmo, andar na terra, rolar na grama, ter contato com outros cães… ou seja levar uma vida um pouco mais natural! Roupas, sapatos, excesso de banhos, perfumes, carrinhos são com certeza uma grande ofensa ao cão! Por isso se você ama o seu cachorro, deixe que ele viva como tal.

O papel do animal de companhia na família irá depender da estrutura familiar, da força física e emocional, da fragilidade de cada membro da família, das propensões emocionais e do clima social Lantzman, 2004).

Por conta deste convívio tão estreito e emocional que estamos abordando, nota-se um crescente aumento de problemas comportamentais nos cães, tais como: ansiedade de separação, depressão, agressividade, possessividade, dentre outros.

Existem muitas formas de proporcionar qualidade de vida de uma forma saudável e natural ao seu cão. Veja algumas maneiras fáceis e acessíveis que podem ajudar o seu cãozinho ter uma vida mais feliz:

  • Não usar acessórios e produtos em excesso;
  • Não privá-lo de se sujar de vez em quando;
  • Proporcionar exercícios físicos diários;
  • Adestramento é uma excelente forma de exercício físico e mental que atua na prevenção e na resolução de problemas comportamentais;
  • Socializar e interagir com outros cães;
  • Fazer com que ele tenha algum trabalho para conseguir o que deseja, seja comida, petiscos ou passeios;

TOC em cães: Pesquisadores identificam genes

TOC em cães

Correr o tempo todo atrás do rabo, perseguir sombras, roer as próprias patas por horas e horas, todos os dias. Os cães também sofrem do transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), e um novo estudo ajuda a explicar por quê.

Os pesquisadores se concentraram em quatro genes ligados ao TOC em cães. Se os mesmos genes forem defeituosos em humanos – e há indícios de que isso acontece – esta linha de pesquisa poderia ajudar os cientistas a desenvolver drogas melhores para combater um distúrbio de difícil tratamento.

“Isso é muito animador porque as doenças psiquiátricas costumam ser hereditárias, e encontrar genes associados a elas é muito difícil”, afirma Elinor Karlsson, bióloga computacional do Instituto Broad da Universidade Harvard.

Os antidepressivos disponíveis para tratar o TOC em cães ou humanos só trazem benefícios a cerca de 50% dos pacientes, e ainda podem causar efeitos colaterais indesejados, acrescenta a pesquisadora.

“Podemos usar a genética para identificar quais vias neuronais são responsáveis por essas doenças? Podemos projetar drogas com uma atuação mais específica sobre essas vias”?, questiona. “Qualquer coisa que possamos usar para detectar exatamente o que há de errado será um grande avanço no tratamento dessas doenças”.

Em vez de lavar as mãos ou acumular objetos, os cães com TOC podem roer cobertores ou correr atrás do próprio rabo mais do que o normal. Muitas vezes, seus donos não conseguem distrair os animais de seus comportamentos obsessivos.

Algumas raças apresentam uma incidência particularmente alta de TOC em cães, sobretudo os dobermans. Como os cães são geneticamente mais simples que os seres humanos, Karlsson e seus colegas analisaram essa raça para estudar os genes associados ao TOC em cães.

Inicialmente, a equipe sequenciou e comparou grande parte do genoma de 90 dobermans com TOC com o de 60 dobermans saudáveis.

Eles procuraram regiões que pareciam ser diferentes em cães doentes e saudáveis, e genes que pareciam ser os mesmos nos dobermans, mas que diferiam em outras raças.

Ao analisar várias áreas suspeitas do genoma, os pesquisadores compararam os genes suspeitos dos dobermans com os genes de uma amostra de bull terriers, pastores de Shetland e pastores alemães, três raças que também apresentam alta incidência de TOC.

Essas análises detectaram quatro genes com uma elevada taxa de mutações em cães com comportamentos obsessivos-compulsivos, informou a equipe na edição deste domingo da revista Genome Biology. Os pesquisadores também encontraram mutações ligadas ao TOC em um pequeno segmento do genoma, bastante afastado de qualquer gene ligado à regulação de genes associados à doença.

Os genes analisados desempenham funções em vias neuronais associadas ao TOC humano, afirma Karlsson, sugerindo que os cães poderiam fornecer um modelo útil para o desenvolvimento de tratamentos melhores para humanos.

“O novo estudo é um grande avanço na resolução do mistério do TOC”, declara Janice Kloer- Matznick, pesquisadora comportamental que estuda a origem dos cães, em Central Point, Oregon. “Mas ainda há um longo caminho para uma compreensão profunda dos mecanismos da doença”.

“Há outras coisas que precisamos descobrir, como comportamentos anormais associados à interação dos alelos. Não existem evidências incontestáveis”, acrescenta. “Isso é muito ruim , pois dificulta a criação de um teste genético simples, que os criadores poderiam usar para selecionar os filhotes e evitar o cruzamento de portadores da doença”.

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Fonte: http://animalplanet.discoverybrasil.uol.com.br/pesquisadores-identificam-genes-do-toc-em-caes/

Campanha “Somos todos vira-latas” ganha vídeo emocionante

A campanha Somos todos Vira-latas criada pela Ampara Animal ganhou um vídeo divertido e emocionante.

Celebridades e animais resgatados participam da campanha criada pela Ampara Animal.

Assim como o calendário, o vídeo contou com a participação de celebridades e animais resgatados. O objetivo também é o mesmo: incentivar a adoção de cães e gatos.

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“Somos todos vira-latas” apoia a guarda responsável de animais.

O vídeo foi idealizado por João Vicente de Castro e agência LIVEAD com a realização da Ampara Animal. Produção, direção e edição: Parakino filmes.

A Ampara Animal é uma organização sem fins lucrativos que luta para ajudar cães e gatos abandonados.

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Fonte: http://portaldodog.com.br/cachorros/noticias/campanha-somos-todos-vira-latas-ganha-video-emocionante/

Cães são mais humanos do que imaginamos

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Os seres humanos e os cães mantêm uma relação estreita há centenas de anos, e os cachorros sempre foram considerados os melhores amigos do homem. Companheiros, guardiões, carinhosos, fiéis e muito expressivos, os cães têm demonstrado seu valor e conquistaram o coração de muitas pessoas.

O comportamento dos cachorros nos faz perguntar como eles percebem o mundo à sua volta e sua relação com os donos, além de nos maravilhar com a forma de expressar suas emoções com o rosto e os movimento da cauda. Mas eles se parecem com os seres humanos? De que forma?

Um estudo realizado por Gregory Berns, professor de neuroeconomia da Universidade de Emory, revelou como o cérebro dos cães funciona – e, o que é mais curioso, quais são suas semelhanças com o cérebro humano. Sua conclusão: “Os cães também são pessoas”.

Para realizar o estudo, Gregory começou a treinar sua cadela, Callie, com o treinador de cães Mark Spivak. Eles a ensinaram a entrar sozinha em um aparelho de ressonância magnética, que escaneou o cérebro do animal e registrou as reações a diferentes estímulos. Também a ensinaram a ficar quieta durante o procedimento e a tolerar os tampões de ouvido que a protegiam do ruído alto produzido pela máquina. Quando os testes de tentativa e erro alcançaram um nível satisfatório com Callie, Spivak e Berns treinaram uma dúzia de cães para se tornarem objetos de estudo da pesquisa.

A participação no estudo foi voluntária, e os proprietários tiveram que assinar um termo de autorização, concordando que seu cão poderia deixar o estudo quando desejasse. Os animais não foram sedados ou amarrados para que pudessem sair da máquina a qualquer momento.

O resultado mais surpreendente da pesquisa detectou semelhanças significativas entre os seres humanos e os cães em relação à estrutura e ao funcionamento de uma das principais regiões do cérebro: o núcleo caudado . É uma região rica em receptores de dopamina e, nos humanos, cumpre a função de antecipar coisas agradáveis, como comida, amor e até mesmo dinheiro. Nos cães, o estudo demonstrou que:

1 . Assim como nos seres humanos, o núcleo caudado aumenta as reações ligadas a movimentos que indicam alimento.

2. Os odores familiares se apresentam como um estímulo que ativa essa região do cérebro, também de forma similar a uma função do cérebro humano.

Em outras palavras, tanto o cérebro humano como o canino são ativados por estímulos similares e que estão associados a emoções positivas. Bernes declarou ao New York Times que os neurocientistas chamam esse processo de “homologia funcional”, um grande indício da existência de emoções caninas “humanas”.

O pesquisador concluiu que “a capacidade de experimentar emoções positivas, como o amor e o apego, significa que os cães têm um nível de sensibilidade comparável ao de uma criança humana”, e portanto, deveríamos mudar nossa forma de interagir com eles.

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Fonte: http://animalplanet.discoverybrasil.uol.com.br/caes-sao-mais-humanos-do-que-imaginamos/

Cães não lambem seus donos por amor, diz pesquisa americana

Pode ser poético dizer que um cão encheu seu dono de beijos quando ele voltou de viagem, mas a realidade, estão descobrindo os cientistas, não é assim tão fofa.

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Isso porque cachorros são extremamente sensíveis a cheiros e sabores — coisas tão importantes para eles quanto a comunicação verbal ou a visão para os humanos.

Assim, quando um dono volta da rua cheio de novos cheiros e gostos, seja da mão daquele colega de trabalho que foi cumprimentado ou da sujeira do banco de metrô em que sentou, ele está oferecendo ao seu cachorro um festival de sensações.

Se seu cão quer saber por onde você andou, isso significa, claro, que ele vê algo de especial em você. Mas eles gostam de cheirar e lamber mesmo desconhecidos.

“Saber do papel do odor para eles mudou minha forma de pensar sobre a maneira alegre com que minha cachorra cumprimentava um visitante, indo diretamente na região genital dele”, diz Alexandra Horowitz, da Universidade Columbia (EUA).

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O comportamento da cachorra de Horowitz, que está lançando no Brasil o livro “A cabeça do cachorro” (BestSeller), faz todo sentido, diz.

As regiões genitais, assim como a boca e os sovacos, produzem muitos odores — e logo ensinamos às crianças a importância de lavá-las bem. Estando a boca e os sovacos geralmente mais distantes do cachorro, não é difícil imaginar que área ele vai atacar.

“Não deixar que um cão cheire um visitante equivale, entre humanos, a vendar-se na hora de abrir a porta para um estranho”, diz a cientista.

Para um cão, cada pessoa tem um cheiro inconfundível, o que faz com que eles nos identifiquem pelo odor. Humanos conseguem usar o nariz para saber, por exemplo, se alguém fumou, mas cachorros vão muito além.

Eles podem saber se você fez sexo, e até saber quem e quantas pessoas estavam junto. Ao se aproximar da sua boca, conseguem identificar o que você comeu.

Mais do que isso, cachorros sentem cheiro de medo.

“Gerações de crianças foram alertadas para nunca mostrar medo diante de um cão estranho”, diz Horowitz.

Não era à toa. Quando assustados, suamos, e o odor do nosso corpo entrega o pavor. Além disso, a adrenalina é inodora para nós, mas não para bichos de faro aguçado.

O olfato dos animais é tão bom que os cientistas querem utilizá-los na medicina.

Um estudo treinou cães para reconhecer a urina de pacientes com câncer. Os cientistas se assustaram. Os cães aprenderam a “diagnosticar” a doença: só erram 14 vezes em 1.272 tentativas.

Não se sabe direito quais substâncias eles aprenderam a reconhecer, mas alguns cientistas propõem “cães doutores” — pelos estudos feitos, eles acertam mais que muitos doutores humanos.

Fonte: Follha de São Paulo

Caes de regioes frias ou polares sofrem com calor extremo

Dias quentes e a Hipertermia em cães: sinal de alerta

Você sabia que nos dias quentes, os cães de raças originárias de regiões de clima naturalmente frio ou polar sofrem muito, podendo ocorrer danos e lesões irreversíveis a órgãos importantes do corpo, como o cérebro e até mesmo chegar a morrer por hipertermia?

Caes de regioes frias ou polares sofrem com calor extremo
O Husky Siberiano está entre as raças sujeitas à hipertermia.

A hipertermia é um processo fisiológico desencadeado pela incapacidade do organismo em reduzir a própria temperatura corporal, que aumenta progressivamente e pode levar à morte se não for controlada a tempo.Evite sair para caminhar sob Sol forte com seu “cão da neve”, e em dias com temperatura elevada.Caso seu cão apresente sintomas como respiração e frequência cardíaca aceleradas, tremores, letargia e aumento significativo da temperatura corporal, interrompa imediatamente o exercício físico e resfrie-o imediatamente com compressas de água fria, ou molhe o animal. Procure imediatamente o veterinário.

 

Algumas raças sujeitas a este problema:

– Husky Siberiano
– Malamute do Alaska
– Samoieda
– São Bernardo
– Bernese Mountain Dog

Compartilhe o conhecimento com seus amigos. Estas dicas podem salvar vidas.


Helena Truksa – Bióloga
Ethos Psicologia Animal

convite a brincadeira comunicacao em caes canina

As formas e sinais da Comunicação Canina

Comunicação

Comunicação em cães Comportamento Animal e Psicologia Animal Aplicada Ethos Adestramento e Terapia Comportamental Helena Truksa

A comunicação é fundamental para formação e manutenção das relações sociais.

Todo comportamento social envolve comunicação, que é a transferência de informação de um animal para outro por meio de sinais que evoluíram para esta função. Admite-se que houve comunicação quando o comportamento de um animal altera a probabilidade de comportamento de outro animal.

Nos cães são 3 os métodos de comunicação:

  • Auditivo
  • Visual
  • Olfatório

Auditiva

Latido: Defesa, brincar, saudar, chamado solitário, chamado por atenção, avisar ou alertar para estranhos ou invasores, ou durante a caça para guiar o caçador.

Grunhido: saudação, sinal de contentamento.

Rosnado: Alerta ou aviso de defesa, sinal de ameaça, brincar.

Comunicação em cães

Choramingo ou ganidos: Submissão, defesa, saudação, dor, busca de atenção

Uivar:  para o lobo serve para reunir a matilha, quando sozinho para buscar a atenção e contato com a matilha, durante a estação de cruzamento. Nem todos os cães uivam, e o seu significado ainda não está claro. Em alguns casos talves esteja relacionado a busca de contato social seja com outros cães ou humanos. Porem em outras situações o cão uiva quando escuta musica ou violino, ou para o céu ou para a lua, nestes casos não existem explicações.

Olfatório

Odores corporais produzidos pelas glândulas, presentes mais frequetemente na região da cabeça e anus, na parte superior da base da cauda, e no períneo.

Visual

Cães que não foram muito modificados pela seleção artificial ainda exibem expressões corporais e/ou faciais que indicam o status de dominância, agressividade ou medo.

Algumas raças de cães foram modificadas geneticamente em sua morfologia ou sofreram mutilações que impedem a expressão do sinal visual. É o caso de cães de orelhas e pelos longos, com orelha e cauda cortadas, orelhas caídas.

Sinais de Alarme para agressividade

  1. Seu animal jamais olhou “com cara feia “para você ?

  1. Ele jamais teve um expressão dura no olhar ?

  1. Você deixa de fazer determinadas coisas, porque eliciam rosnados ou mostrar os dentes ? Por exemplo: mexer na comida, tirar do sofá, passar por cima dele, tirar do lugar onde ele está dormindo ou deitado.

  1. Você arruma desculpas para o comportamento agressivo dele ? Tipo: isso vai passar com a idade ?

  1. Você acha que ele é seguro, exceto com determinadas pessoas e circunstâncias. (quando ele rosna para o veterinário você acha que isto é problema do veterinário. Você também ainda acha que é perfeitamente normal ele não gostar do profissional. ?

  1. Ele já mordeu, pelo menos uma vez, por que foi um acidente, porque ele estava assustado, porque estava nervoso.

  1. Você sempre diz: em geral ele é tão bonzinho, quando ele agride ou você

Posturas ou sinais de dominância

 Filhotes

Perseguir os filhotes na ninhada.

Ficar de pé sobre o companheiro de ninhada.

Andar em círculos ao redor do companheiro de ninhada.

Ataque: pescoço e face

 Cães com mais de 5 meses

Pilo-ereção

Mostrar os dentes

Encarar de frente

Empurrar com ombro ou coxa

Apoiar as patas de frente no dorso do companheiro, ou no colo do proprietário

Orelhas eretas ou completamente achatadas

Urinar sobre um outro cão ou pessoa

Comunicação em cães expressões corporais

 

Os estímulos abaixo provocam sinais de agressividade em seu cão?

 

  • Mexer com ele:  ao acordar, passar perto da cama dele, mandar sair do lugar
  • Aproximar-se da comida, pessoa favorita, sua área de descanso mesmo que não se encontra nela
  • Estimulado por carinhos, carícias
  • Colocar ou tirar a guia
  • Ser encarado de frente
  • Ser reprimido
  • Ser escovado, cortar as unhas, banho e tosa
  • Encontro em passagens estreitas
  • Repressão física ou verbal
  • Ficar de pé ao lado ou sobre o animal

Em caso positivo, estes são sinais que seu cão apresenta tendência ao comportamento agressivo e que deve ser avaliado por um consultor em comportamento animal. Somente ele poderá avaliar se seu cão pode ser reeducado ou se representa um perigo para você e sua família.

Apresentamos acima algumas figuras retiradas dos livros:

  • Dog Language de Roger Abrantes
  • The Dog’s Mind de Bruce Fogle

Nelas podemos observar inúmeros sinais comunicativos fundamentais ao estabelecimento e manutenção dos relacionamentos sociais

 

por Helena Truksa

Bióloga , Especialista em Comportamento Animal