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Cães e Humanos Benefícios da coevolução

Cães e Humanos: benefícios da coevolução

Entrevista concedida pela Bióloga Helena Truksa, ao Portal Melhores Amigos


Cães e Humanos: benefícios da coevolução

Atualmente, muitos estudos já indicam que a interação do ser humano com o animal de estimação pode gerar melhora na saúde dos tutores e das famílias. Mas o que sabemos a respeito dos efeitos positivos na saúde do pet?

 

“A interação equilibrada entre humano e animal pode gerar benefícios físicos e mentais para ambos desde que sejam respeitadas as características da espécie animal em questão – explica a bióloga especialista em comportamento e bem-estar animal Helena Truksa, fundadora da Ethos Animal –  em se tratando de cães, por conta do histórico evolutivo da espécie e sua grande proximidade com seres humanos, os benefícios mútuos se tornam mais visíveis e mais profundos, já que somos parte de um processo de coevolução de milhares de anos. Dentre as espécies domesticadas, o cão é a que mais se destaca pela grande conexão emocional com humanos. Neste caso, o animal forma vínculos afetivos profundos com sua família humana”.

 

A receptividade ajuda o cão até mesmo a fortalecer o sistema imunológico pois trocas afetivas são potentes ativadores da produção e liberação de neurotransmissores e hormônios importantes para o bem-estar físico e psicológico do indivíduo (tais como oxitocina, serotonina e dopamina). E quando o organismo está com o stress “sob controle”, mantidos em níveis baixos, a imunidade aumenta.

 

Por outro lado, animais altamente sociais e dotados de sistema nervoso complexo são propensos a quadros depressivos. Isso pode ser visto em cães, primatas em geral e aves psitaciformes (famílias dos papagaios e cacatuas). O processo de domesticação também favorece a predisposição a este quadro emocional. Os sintomas são vários e o diagnóstico do problema depende de muitos fatores e do contexto em que são exibidos. Lembrando que estes sintomas podem também estar associados a quadros clínicos.

 

“A consulta veterinária é indispensável antes de se pensar em tratamento comportamental, como forma de descartar problemas puramente físicos. De forma geral, animais em quadro depressivo podem apresentar, com maior frequência e constância a perda de apetite (com consequente perda de peso), redução na atividade motora (mostra-se menos interessado nas atividades rotineiras que antes lhe geravam prazer, como brincar, correr, passear, etc.); aumento dos períodos de sono (dorme mais do que o habitual); queda de pelos e aumento ou surgimento de episódios de agressividade”, enumera Helena.

 

Mas, no caso de animais que sofrem de ansiedade de separação, ou são muito carentes, como amenizar o problema?

 

“Promover atividades interativas que preencham o tempo livre deste animal é fundamental – é o chamado enriquecimento ambiental. Também é necessário fazer com que o animal desenvolva mais tolerância aos períodos de ausência do tutor. Esse trabalho deve ser feito com auxílio de um profissional terapeuta devidamente qualificado”.

 

Além da aplicação de protocolos de modificação comportamental, o auxílio de um profissional terapeuta devidamente qualificado ajuda o animal a desenvolver tolerância aos períodos de ausência do tutor, de forma tranquila e com o mínimo de estresse.

 

Claro, esses períodos devem ser os mais breves possíveis, principalmente se o animal for “filho único”. “Cães são altamente sociais e precisam estar acompanhados por pessoas ou outros cães (mas principalmente por pessoas). Ter um segundo cão pode ajudar a reduzir o impacto da solidão, mas se a dinâmica familiar não for devidamente organizada, com rotinas definidas, e com equilíbrio emocional, a pessoa pode ter dois cães sofrendo com SAS (síndrome da ansiedade por separação) ao invés de apenas um!

 

“É importante que tutores e aqueles que desejam se tornar tutores saibam que os cães não devem ser deixados sozinhos por longos períodos. Se você trabalha fora de casa, digamos, das 8h às 18h, deixá-lo sozinho por todo esse tempo é um exercício cruel. A recomendação é que, se não puder ter mais um cachorro para fazer companhia, manter alguém em casa pelo menos por um certo período do dia, ou recorrer a uma creche canina, reconsidere a opção de procurar um cão”, conclui a especialista.

TEXTO ORIGINALMENTE PUBLICADO NO PORTAL MELHORES AMIGOS
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Tratar pet como filho pode fazer mal para ele, dizem especialistas

Matéria originalmente publicada no portal UOL, contendo entrevista com a fundadora da Ethos Animal, Helena Truksa

por Patrícia Guimarães – Colaboração para o UOL, em São Paulo
Tratar pet como filho pode fazer mal para ele?

Você chama seu animal de estimação de filho? Ok, ninguém está aqui para te julgar. O problema não é deixá-lo dormir na cama ou assistir à TV com você. É quando o amor pelo bichinho se transforma em humanização, a tentativa de encaixar seu comportamento em padrões humanos e deixar sua rotina 100% a serviço do dono. Isso, segundo os especialistas, pode ser nocivo para o animal.

Medo, ansiedade e alterações de comportamento são as consequências mais comuns do antropomorfismo (atribuir ao animal características e sentimentos humanos). “Animais têm alta sociabilidade e são considerados agregados, mas esquecemos isso”, diz a médica veterinária Ceres Berger Faraco,  doutora em psicologia e coordenadora do departamento de veterinária da UniRitter. “Achamos que a convivência com a pessoa, que muitas vezes é restrita ao período da noite, é suficiente para suprir as demandas dele. E não é.”

 

Carinho ancestral

Claro que querer a companhia de um animal de estimação e tratá-lo como membro da família é normal; é até parte da condição humana. “No caso especial de cães, essa relação vai ainda mais longe, pois ao longo de milhares de anos de coevolução, os cães vem se tornando cada vez mais hábeis em ‘ler’ e compreender nossas intenções comunicativas, por meio de expressões corporal, facial, gestual e mesmo assimilando palavras dentro de contextos. É uma ligação mais que especial”, afirma a bióloga especialista em comportamento animal e fundadora da Ethos Animal, Helena Truksa.

 

Getty ImagensImagem: Getty Imagens

Lembrando que cães e gatos têm comportamentos muito diferentes que mudam a rotina da casa. “Por exemplo: o gato mantém o comportamento de caça, de ir atrás de alguma fêmea, de buscar algo para comer. O cão tem o forte comportamento de correr, de farejar, de caçar. São comportamentos naturais  mantidos apesar da domesticação, e, quando eles não conseguem expressar esses traços naturais, começa a existir um déficit de bem-estar”, explica a médica veterinária e mestre em comportamento animal pelo Instituto de Psicologia da USP, além de graduanda em psicologia pela PUC-SP e fundadora da Pet Anjo, Carolina Rocha.

 

Em que casos os humanizamos

Muitos dos comportamentos adotados quando passamos a considerar o animal um membro central na família não geram grandes problemas para eles. Preocupante é, por exemplo, trocar as atividades do bichinho por outras que fazem bem para o humano, mas não visam o bem-estar do animal. “Um exemplo é, em vez de deixa-lo passear na rua ou no parque, levá-lo em um carrinho. Se estamos falando de um cachorro idoso, que não consegue andar, ótimo! Superrecomendado! Mas, fora isso, não tem nenhuma necessidade de privar o animal de apresentar o comportamento natural. Essa privação pode gerar consequências para a saúde, como alterações locomotoras e obesidade, que é um dos grandes problemas hoje”, explica Rocha.

Os excessos de banhos, idas ao pet shop e perfuminhos também não são recomendados. “Um dos problemas que podem surgir são as irritações de pele; a pele ressecada. Ou, ao pentear, podem ser gerados microtraumas no couro do animal. Isso do ponto de vista orgânico. Já do ponto de vista psíquico, temos que considerar que esses não são hábitos da natureza deles. Os gatos, por exemplo, fazem auto-higiene. Eles têm uma língua mais áspera e são preparados para isso”, lembra Faraco.

Outro hábito a ser abandonado é o de dar bronca quando o pet faz algo que não nos agrada, como xixi fora do lugar. “Punição de qualquer natureza não ensina efetivamente nada a nenhum ser. Ela apenas pode bloquear temporariamente determinados comportamentos, o que não indica que aprendeu a ter outra conduta. Educar é mostrar o caminho, ensinar como fazer em vez de se preocupar com o que não fazer. E é por esse e outros motivos que os métodos atuais e cientificamente embasados de educação e treinamento de animais (e também de humanos) se utilizam basicamente de motivação e recompensas, nunca empregando punição física ou psicológica”, afirma Truksa.

Getty Images
 Imagem: Getty Images

 

Compromisso emocional

Especialistas recomendam um processo de conscientização antes da adoção de um animal. “A pessoa deve se preparar para saber as características daquele bicho. Muitas pessoas têm gatos que vivem em ambientes empobrecidos. Gatos precisam se esconder, precisam de locais altos… Por isso, na maioria das vezes, estão obesos”, alerta Faraco. E critica: “Muitas pessoas estão pensando apenas no que funciona para elas”.

 

Fonte: https://estilo.uol.com.br/noticias/redacao/2017/02/27/o-seu-bichinho-tem-liberdade-para-ser-o-que-ele-e-de-verdade.htm

TV Cultura – JC Debate sobre cães de serviço com Helena Truksa e Ten. Corrente da PMSP

O JC Debate da TV Cultura fala sobre os cães de serviço, suas funções e benefícios para a sociedade nas terapias assistidas por animais, cães guias, segurança entre outros tópicos.

A bióloga Helena Truksa, coordenadora de comportamento animal na ONG / OSCIP Patas Therapeutas e o tenente Corrente da PM de São Paulo tratam deste tema, tão atual e importante.

Durante o programa, trechos do trabalho assistencial do Patas Therapeutas e link direto do Residencial de Idosos do Hospital Albert Einstein, com a Superintendente técnica da ONG, Silvana Fedeli Prado, explicando um pouco do trabalho dos animais em terapias e atividades assistidas.

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Em entrevista para o Domingo Espetacular, Helena Truksa fala sobre comportamentos de animais selvagens

Em entrevista ao jornal Domingo Espetacular, da TV Record, a bióloga Helena Truksa fala sobre comportamentos curiosos de animais selvagens ocorridos durante as férias de algumas pessoas.

A matéria irá ao ar hoje, 06/07/2014, e será exibida durante o programa que começa às 19:30 (horário de Brasília).

Veja abaixo algumas fotos do making of da entrevista:

Revista Melhor Amigo – Inteligência Canina

Matéria com conteúdo baseado em entrevista concedida por Helena Truksa à Revista Melhor Amigo, edição 3, Maio / 2013

Revista Melhor Amigo Europanet ed03 Maio 2013

Revista In – Vida de Pet

Matéria publicada na Revista In, edição de Março 2013 – contém partes da entrevista concedida por Helena Truksa sobre Comportamento Animal. Para ler outras matérias, clique em Imprensa

Conheça a linha do tempo dos bichinhos e saiba quais as necessidades para cada fase

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O período em que os animais são filhotes é sempre lembrado com muito carinho pelos donos, que consideram uma das etapas mais ‘fofas’, cheia de novas experiências, além de muitas descobertas em relação ao novo morador da casa.

O veterinário e proprietário da Clínica Veterinária Tatuapé, Rodrigo Lamas Lopes, explica que o ideal é o animal deixar a mãe a partir dos 45 dias de vida, pois nesta fase ele pode receber uma dose de vacina múltipla e já passou pelo período de socialização, mostrando um pouco de seu comportamento e personalidade. “Neste período também já está se alimentando com ração sólida, facilitando para o futuro dono”, diz.

Se o animal for separado da mãe antes do período indicado, ele pode apresentar problemas de socialização, dificuldades para relacionar-se com outros cães ou mesmo seres humanos ou quando precisar se reproduzir e pode se tornar mais medroso, fator causado também por uma separação precoce ou com muitos estímulos negativos.

Pequenos peraltas

Após a chegada ao novo lar, é comum nos deparamos com a fase em que o bicho quer morder tudo que vê pela frente. Lopes atribui o problema a erupção dos dentes. “Alguns casos podem estar relacionados com o estresse ou a falta de atividade física, por isso acabam descarregando sua energia nos objetos da casa. Os cães não distinguem seus brinquedos dos nossos utensílios, por isso é necessário diminuir o acesso deles aos locais onde estão os móveis e deixar claro quais são os seus itens. Estes devem ser bem diferentes dos nossos e é importante que eles tenham poucas opções para diminuir a confusão”, ensina.

Bronca resolve?

Engana-se quem acha que punição é sempre a melhor solução, pois eles não entendem porque estão sendo castigados. “Por isso a melhor técnica é desviar a sua atenção para algo aceitável, isolando-os em um ambiente apenas com seus brinquedos. Pode-se utilizar também produtos que deixam os objetos com gosto ruim, para inibir as mordidas. O importante é descobrir o fator desencadeante do problema e minimizá-lo, por exemplo, dando mais atenção, brincando ou fazendo exercícios”, indica o especialista.Quanto ao período de castração, Lopes orienta fazer antes do primeiro ‘cio’ (período fértil) da cadela. Para os machos, a principal indicação é a de inibir comportamentos indesejáveis como urinar pela casa, comportamento sexual com objetos ou as pernas das pessoas e diminuir a agressividade.

Como cuidar do seu cãozinho

Filhote – de 0 a 1 ano

Nesta etapa, dê muito carinho e atenção ao animal, aliados a uma dieta de qualidade e balanceada.

Fase Adulto – De 1 a 9 anos
Para conseguir bons resultados com o seu amigão, é preciso primeiramente paciência e nunca utilizar métodos agressivos.

Para conseguir bons resultados com o seu amigão, é preciso primeiramente paciência e nunca utilizar métodos agressivos.

Fase Sênior – Acima de 9 anos
O idoso necessita de cuidados especiais, como uma alimentação adequada e atividade física, além de visitas periódicas ao veterinário, que pode solicitar exames como hemograma, funções renais, hepáticas, mensuração da glicose, colesterol, triglicérides e lactato, que podem revelar as condições de saúde do paciente.

Confira o Calendário de Vacinação do seu pet

Eles cresceram

Cães adultos precisam de uma ração específica para o seu desenvolvimento

A pós toda a turbulência à adaptação com os novos donos e o ambiente, eis que chega uma fase mais serena e madura: a adulta. De acordo com o veterinário da Clínica Valdemar Pereira do Nascimento, Ricardo I. F. Schimidt, um cão adulto necessita de uma ração de qualidade, que supra suas necessidades.

O especialista destaca que já existem rações específicas para diversas raças, o que facilita na hora do proprietário escolher produtos de qualidade. “Outra questão importante são as vacinas anuais. Algumas delas são obrigatórias, como a V10+raiva, pois previnem doenças fatais. Além disso, eles devem visitar o veterinário pelo menos uma vez ao ano”, orienta.

Após os nove anos, os cuidados devem ser redobrados, bem como a visita ao veterinário para realizar exames. “A melhor escolha é a medicina preventiva, que pode evitar o aparecimento de doenças”.

Qualidade de vida

O especialista ressalta que é preciso evitar a ‘humanização’. “Por mais que a gente ame os cães, o ideal é que o animal não perca seus instintos e entre em contato com outros animais, assim que possível, após a vacinação”.Outra necessidade são os passeios diários, que farão o cão se exercitar e sentir ‘cheiros diferentes’ do que está acostumado, estimulando-o a ter novas experiências, “além do principal, que é dar muito amor e carinho em qualquer fase da vida”, completa.

A queridinha do lar

A enfermeira e moradora do bairro do Tatuapé, Eneida Sanchez Nonato, conta que Duda, 6, da raça Pastor de Shetland, chegou ainda filhote ao convívio do lar. “Acompanhamos a gravidez da mãe e queríamos muito um animal de estimação. Fizemos uma pesquisa para conseguir uma raça tranquila, que se desse bem com crianças, idosos e até mesmo com outros cães”, diz.

Eneida e a cachorrinha Duda posam para a fotógrafa
Richele Santino Barbosa com trajes engraçados

Os filhotes nasceram um pouco depois do Carnaval e o filho de Eneida escolheu de presente a cadela que tinha uma pintinha no dorso. “Meu filho pegava ela no colo, enencostava no ombro, e até hoje ela é apaixonada por ele”, relata a mãe. No início, na fase de filhote, a família ficou preocupada se ela não iria destruir os móveis, chinelos… como é típico da maioria dos cães, porém a cachorrinha se comportou muito bem e apenas com um ‘não’ bastante enfático, entendia o comando e deixava a bagunça de lado. “Duda adora brincar, só nos trouxe alegria. Ela é um doce. A única coisa que dá mais trabalho são seus pelos, que caem com frequência, ou seja, tem que escovar todos os dias ou um dia sim e outro não”, pontua.

A charmosa Poodle Micro Toy Shakira, 3, também é a queridinha da casa de Débora Pozeli, que mora no Tatuapé. “Eles são muito companheiros, é um amor incondicional. O Poodle é muito inteligente e adora crianças. Quando você tem o bichinho, é preciso cuidar com vacinas, vermífugo, castração, limpeza dos dentes e banho toda a semana”, diz.

Personalidade forte

Débora conta que Shakira não gosta de ficar sozinha, por isso os passeios são importantes. “Eles se adaptam a qualquer lugar, basta estarem com os donos. Eles amam e cuidam da gente, e é uma grande alegria quando alguém da família chega em casa, ela já fica perto da porta assim que o elevador abre, sabendo que a pessoa chegará. O Poodle tem uma personalidade forte, se você sair e dizer que ele não pode ir, quando voltar vai encontrar um xixi no lugar errado”, diverte-se.

Segundo a bióloga e terapeuta comportamental Helena Truksa, os períodos extremos do ciclo de vida dos animais costumam ser os mais difíceis. “Tanto quando é filhote quanto na fase senil, o animal tem suas limitações, seja por estar aprendendo a lidar com o mundo ou por consequências da idade avançada. De qualquer modo, cabe ao humano responsável zelar por sua qualidade de vida, não importando o momento de vida em que ele estiver e independente de quão trabalhoso isso possa ser”.

Skakira não perdeu a pose na sessão de fotos contratada
pela sua dona Débora, que optou pelo serviço de Richele,
fotógrafa especializada em pets

 

O melhor amigo

Para os interessados em adquirir um animal de estimação, Schimidt elaborou dois grupos, um que pode viver em locais pequenos, como apartamentos, e aqueles que necessitam de lugares maiores, como casas, sítios e chácaras. Confira:Apartamentos: Lhasa Apso, Buldogue Francês, Buldogue Inglês, Boston Terrier, Pug, Poodle Toy, Shih Tzu, Yorkshire Terrier, Maltês, Pinscher, Pastor de Shetland e Spitz Alemão.Lugares maiores: Labrador, Golden, Border Collie, Pastor Alemão, Dogue Alemão, Collie, Mastim Napolitano, Fila Brasileiro, Mastiff Inglês, São Bernardo e Dálmata.

O veterinário Schimidt cuidando de um de seus pacientes

Boa educação

Segundo Helena Truksa, quem busca um equilíbrio no relacionamento com os cães deve aprender a se comunicar de modo simples e objetivo, respeitando suas necessidades enquanto espécie. “Isto significa tratar o cachorro como cão e não vê-lo como um ser humano, um bebê ou um bicho de pelúcia. Os animais têm necessidades de exercício físico regular, assim como precisam saber quais são os limites e regras a serem seguidos em casa. A sequência ‘Exercícios, Disciplina, Limites e Regras’ deve ser criteriosamente respeitada no dia-a-dia, para somente então dar carinho e afeto. Quando as pessoas invertem esta ordem e dão prioridade ao carinho e amor e os aplicam em doses maciças aos animais, e se esquecem ou não dão o devido valor aos exercícios e à disciplina, estão  construindo problemas comportamentais futuros”, relata.Helena comenta que é mais fácil quando são filhotes, pois os comportamentos ainda não estão condicionados. “Mas em qualquer idade é possível obter resultados ótimos no processo de modificação comportamental, desde que não haja problemas orgânicos, clinicamente comprovados, que impeçam o animal de aprender. E o mais importante: não espere que seu animal pense, aja ou sinta como um ser humano e respeite-o como animal. Deste modo, haverá equilíbrio e harmonia no dia-a-dia, ele será mais feliz e saudável e amará seu dono ainda mais”, completa.

“Não espere que seu animal pense, aja ou sinta
as coisas como um ser humano e respeite-o como
animal”, adverte Helena Truksa – terapeuta comportamental

Comportamento felino

Em relação aos gatos tudo é diferente. É o que afirma o veterinário Schimidt. “Os gatos são considerados adultos por volta de 10 meses e idosos a partir de nove anos. Existem diversas rações que suprem as necessidades destes animais para cada fase da vida adulta. Os gatos comem diversas vezes ao dia, desta maneira o ideal é deixar o alimento e a água o dia todo à disposição”, alega.

Ainda segundo o especialista, eles adoram beber água corrente, podendo ser através da instalação de uma fonte pequena. “Os gatos adultos também necessitam anualmente de vacinas como a quádrupla felina+raiva”, complementa Schimidt. Pelo menos uma vez ao ano eles devem passar em consulta com um veterinário e após os nove anos de idade, é necessário realizar exames para verificar a saúde dos animais.

Na parte de comportamento, Helena explica que os gatos podem ser tão carinhosos e afetuosos quanto os cães, mas, como em outras espécies, têm suas características próprias. “Eles necessitam de desafios mentais diários para que não fiquem entediados e frustrados, o que pode levar a maus comportamentos, como vocalização excessiva (miados em demasia), arranhadura de móveis e estofados e urina em local inapropriado. Para reduzir as possibilidades de deixar seu bichano frustrado, deixe ao seu alcance brinquedos que estimulem o instinto de caça e aqueles com aromas específicos estimulantes (por exemplo pelúcias contendo catnip).

Dog Walker

Para quem trabalha o dia todo e não consegue levar o cão para passear, o serviço de passeadores ou dog walker pode ajudar. “Entre os benefícios da caminhada está o favorecimento da condição muscular, cardiorrespiratória e mental, e é fundamental para a socialização com as pessoas e outros animais”, relata a proprietária da Cão a Pé, Ana Paula Souza Gomes. Os passeios duram em média 50 minutos. “Existe também uma adequação da caminhada, de acordo com o tipo físico e a idade do cão”, afirma. O custo, varia, em média de R$ 11,50 a R$ 13,50 por passeio.

A melhor idade

Conheça os cuidados especiais para cães e gatos idosos

A Terceira Idade também ‘bate a porta’ dos nossos amigos de quatro patas. O diretor do setor de cirurgia do Hospital Veterinário Vet Popular, Luiz Cesar Moretti, alerta que quando estes animais entram na fase geriátrica, requerem cuidados desde a alimentação até a atividade física. “Hoje, no mercado existe uma grande variedade de rações específicas para o público idoso, muitas especialmente formuladas com nutrientes que favorecem a saúde dos ossos e articulações, outras limitam o depósito de placa dentária, ou até mesmo ajudam a manter a digestibilidade e contribuem para a saúde da pele. Vale lembrar que alguns idosos necessitam de rações ainda mais específicas, como é o caso daqueles com problemas renais, cardíacos, hepáticos, diabéticos ou até mesmo obesos”, informa.

Além disso, os exames acabam virando rotina para o cão ou gato idoso, como hemograma, funções renais, hepáticas, mensuração da glicose, colesterol, triglicérides e lactato, “que podem revelar muito sobre a saúde do paciente”.

Fase delicada

A especialista em comportamento, Helena, indica que na fase senil alguns comportamentos sofrem alterações. “Estes animais podem dormir mais, apresentar-se amedrontados mesmo diante de situações já conhecidas e que não causavam medo, podem ficar ‘carentes’ e solicitar mais atenção e começar a ‘esquecer’ coisas que haviam aprendido. Deve-se respeitar acima de tudo a idade avançada e suas consequências, sendo o dono paciente e solícito, zelando pela qualidade de vida de seu bichinho que lhe fez companhia e lhe dedicou todos os anos de sua vida. Lembremo-nos de que a idade chega para todos”, destaca.

Do começo ao fim

A veterinária da clínica Pet Star, Marcela Prado, explica que em cada fase o animal demanda cuidados específicos. “Com os filhotes, normalmente prioriza-se a vermifugação e inicia-se a caderneta de vacinação. Antes disso, ele não pode sair à rua, ter contato com outras cães e precisa de uma ração específica, já que necessita de mais proteína para o crescimento”, diz.O animal cresce e suas necessidades mudam, assim como acontece com os seres humanos. “Para os adultos, evite dar petiscos, mantenha uma rotina de exercício físico de pelo menos 30 minutos, e dependendo do porte do cão, pode chegar a uma hora. Lembrando que devem sair em horários que não fiquem expostos ao Sol, já que eles têm que colocar as patas no chão”, orienta.Já para os idosos, a recomendação mais específica é sobre a troca de ração. “Existem várias linhas disponíveis que oferecem nutrientes específicos para esta etapa. É necessário também um acompanhamento com o veterinário, pois grande parte deles acabam acometidos por insuficiência renal, problemas hepáticos e Piometra, uma infecção uterina que acomete as fêmeas e, se não tratada, pode levar a óbito”, esclarece.

Entre miados

Os gatos precisam de atenção dos proprietários nas ruas, pois podem contrair doenças ou mesmo sofrer um acidente. “Não é recomendado deixá-los passear sozinhos. Outra questão é que eles têm uma maior predisposição a insuficiência hepática, então, na fase senil é importante visitar o veterinário com frequência e verificar se eles estão bebendo água, pois têm mais dificuldade em ingerir o líquido se ele não estiver limpo”, alega.Ter um animal de estimação demanda cuidados e atenção. Ao adotar ou adquirir o seu, lembre-se que ele é um ser vivo que dependerá de você e as suas escolhas irão interferir em sua qualidade de vida.

LINHA DO TEMPO

De 0 a 1 ano
– Do nascimento até os 15 dias de vida é totalmente dependente da mãe, não controla a temperatura corporal, nem é capaz de urinar e defecar sem ajuda, não se locomove bem, nem escuta ou enxerga.

– Por volta do 10º ao 14º dia começam a abrir os olhos e ouvidos (são fechados, assim como as pálpebras). A dentição pode variar, dependendo da raça, sexo, nutrição, tamanho corporal, mas varia de 2 a 4 semanas de vida.

Filhote
– Entre 14 e 21 dias se inicia um período de transição, em que ele percebe mais o ambiente, mas suas habilidades motoras estão mal desenvolvidas. Com 3 a 4 semanas começa o período de socialização e maior desenvolvimento motor, interação alegre, brigas com irmãos, mordidas e rosnados.

– A socialização acontece entre 3 e 12 semanas. É preciso contato com outros animais, cães ou gatos e seres humanos, incluindo crianças. É uma fase de fácil aprendizado e já se deve ensinar algumas lições. Experiências negativas podem dessocializar o animal, tornando-o medroso ou antissocial, às vezes agressivo.

Invista em uma ração de qualidade. Faça o esquema vacinal de filhotes completo, vermifugação trimestral ou semestral (conforme indicação do especialista), cuidados com pulgas e carrapatos e consultas periódicas ao veterinário.

De 1 a 9 anos
– Um cão adulto pode ser adestrado, porém por ter a personalidade formada, será um pouco mais trabalhoso. Quando está com o ciclo de vacinas completo, o proprietário já pode procurar um profissional especializado.

– O ideal é o animal passear pelo menos uma vez ao dia. Ele necessita gastar calorias pois, desta forma, vai evitar a Obesidade e outras doenças relacionadas com o excesso de gordura.

Adulto
A raça é apenas uma ‘roupa’ que o cão veste e que modifica algumas de suas características, mas sem sobrepor aquelas que são básicas da espécie. Ou seja, cachorro é cachorro, não importa a raça. A questão de ser ou não sociável depende basicamente de como ele é exposto a outros cães e animais enquanto filhote.

Acima de 9 anos
A alimentação, nessa fase, visa diminuir o ritmo ou impedir a progressão de mudanças metabólicas persistentes na idade, visando uma boa qualidade de vida.

É difícil saber quanto tempo viverá o animal mas, hoje em dia, está mais fácil proporcionar uma velhice com qualidade. Exercícios físicos periódicos e leves, uma boa alimentação, visitas ao veterinário e é claro, muito amor, podem ajudar na saúde do seu amigo.

Revista Mundo Estranho – Existem animais gays?

Matéria publicada na Revista Mundo Estranho – baseado em entrevista concedida por Helena Truksa sobre Comportamento Animal. Para ler outras matérias, clique em Imprensa

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Existem Animais Gays?

por Luiza Sahd

Sim, alguns bichos apresentam um comportamento homossexual, eventualmente. Vale ressaltar que comportamento é diferente de orientação sexual, como acontece com os humanos. A justificativa para as relações homossexuais(ou bissexuais) no mundo animal varia caso a caso porque, na natureza, nem todo comportamento sexual tem finalidade reprodutiva. Por isso, o tema é polêmico e não há um consenso a respeito na comunidade científica.

BICHARADA GLS

Conheça algumas espécies que apresentam uma alta incidência de acasalamentos entre indivíduos do mesmo sexo

Empolgados

Territoriais e cheios de testosterona nas veias, os bisões brigam bastante para proteger a área em que vivem. Os duelos criam tanta excitação que os brutamontes extravasam, em geral, na cruza. Como as fêmeas só acasalam uma vez ao ano, às vezes acaba sobrando para os machos mais fracos

Aquecimento

As fêmeas dos antílopes se relacionam entre si cerca de duas vezes por hora durante a temporada de acasalamento. Essas relações servem, digamos, para estimular a cruza delas. Durante o namoro, uma perseguidora se insinua por trás de uma amiga e levanta a pata dianteira, tocando-a entre as pernas

Paz Amor

Os bonobos resolvem as diferenças “na base do amor”. Quando um evento qualquer – tipo o surgimento de um objeto estranho – abala o equilíbrio do grupo, a turma logo se exalta e, antes de começar um quiproquó de tapas e mordidas, acaba canalizando a excitação para o acasalamento, inclusive homossexual

Total Flex

As morsas amadurecem sexualmente após os 4 anos de idade. Antes, têm relações homossexuais, como um “aprendizado”. Os machos normalmente são bissexuais: cruzam com fêmeas na época de reprodução e com machos o resto do ano, já que nem sempre as fêmeas estão disponíveis

Pelo bem das crianças

Para os albatrozes, não tem tempo ruim. Em época de reprodução, essas aves formam grandes colônias e, se houver uma desproporção entre a quantidade de machos e fêmeas para construir um ninho e chocar os ovos, casais do mesmo sexo se formam numa boa para criar os pequenos

É o que tem pra hoje

Entre os golfinhos-nariz-de-garrafa, só os líderes do grupo fecundam as fêmeas. Os demais cruzam entre si ou formam panelinhas de três ou quatro membros para namoraras cobiçadas fêmeas. Como o sexo serve para fortalecer a parceria, golfinhos que já cruzaram entre si costumam ser mais unidos

Carpe diem

As moscas de fruta têm um ciclo de vida curto (entre 15 e 21 dias). Por isso, quando os machos amadurecem, saem cruzando com todo mundo, já que não possuem um mecanismo que indique se o parceiro é macho ou fêmea. Acasalar com um membro do mesmo sexo é um “acidente” comum para elas’

Bicha má

Se há mais machos do que fêmeas (ou vive- versa) em um grupo, os cisnes formam pares homossexuais. Às vezes, casais de machos cruzam com fêmeas para ter filhos e, depois da ninhada de ovos, afastam as mães.Eles também podem simplesmente expulsar casais hetero dos ninhos e adotar seus ovos

PARECE, MAS NÃO É

Machos que vivem juntos podem ser só bons amigos

O zoológico de Toronto separou em 2011 dois pinguins machos que tinham uma relação de casal. A história ficou famosa e ganhou o apelido de Brokeback Iceberg, uma referência ao filme Brokeback Mountain. Segundo um funcionário do local, eles tinham laços sociais, mas não sexuais

FONTES Helena Truksa, Bióloga e Terapeuta Comportamental da Ethos Psicologia Animal; sites How Stuf Works, Hypescience e UOL

Reporter Record – Abandono de Animais

Entrevista cedida por Helena Truksa, da Ethos, ao programa Reporter Record

Pauta: Abandono de Animais – Set / 2012

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Observação: a participação de Helena Truksa não se limita apenas a breve aparição em vídeo. A maioria das informações narradas pelo apresentador do programa foram fornecidas por ela à equipe da Rede Record durante a entrevista.

Revista 3 Vitrines – A importância da Comunicação Homem-Animal

 Matéria na Revista 3 Vitrines, Outubro / 2009 – Por Helena Truksa

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Revista M de Mulher – Mundo Animal

Entrevista com Helena Truksa para a Revista M de Mulher, Editora Abril – Setembro / 2009

Sou uma psicóloga de cachorro

Aplico terapia para resolver problemas de comportamento. O mais difícil é modificar o dono.

 

Reportagem: Vanessa Chaves

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Helena e Bob

Volta e meia, quando falo da minha profissão, vem a piada: ”Você bate um papo com o cachorro?”. Outros confundem o que faço com adestramento. São coisas diferentes.

O foco do meu trabalho é, na verdade, a relação do bicho com o dono. Até porque, em 90% dos casos, a origem do problema do cachorro está nas atitudes de quem o educa – ou deseduca.

Há casos bem sérios

Falar em terapia com animais parece engraçado. Porém, não faltam histórias de esposas que ameaçam sair de casa se o marido não der um jeito no cachorro, ou de cães que latem tanto que os vizinhos pedem para a família se mudar. O bom comportamento do bicho tem influência direta naqualidade de vida dos donos.

Eu atendo uma média de 30 cães por mês. Gosto de observar o animal no ambiente dele. Reúno o maior número possível de pessoas que lidam com ele na casa para descobrir o porquê do comportamento problemático. Às vezes, uma sessão é o suficiente para resolver a queixa.
Outras, marco encontros duas vezes por semana até o problema desaparecer.

Tem os hipersexuais

Boa parte dos casos que atendo são de hipersexualidade. São aqueles cães que pulam na perna da visita e agem como se estivessem cruzando. Na maior parte das vezes, esse comportamento nada tem a ver com falta de sexo. É apenas uma tentativa de chamar a atenção do dono. Como ele percebe que, ao fazer isso, se torna o centro das atenções, o cão repete mais vezes a cena desagradável. A família deve dar um comando ao animal e agradá-lo logo antes de a visita chegar.

Já peguei um são bernardo com desvio de temperamento. O cachorro pesava uns 80 quilos e era extremamente agressivo. Atacava até os donos. Neste caso, tivemos de recorrer a medicamentos e, um veterinário receitou antidepressivos para o cachorro.

Quem manda 

Acredite, é simples cuidar do seu bichinho e manter uma relação realmente saudável com ele. Basta ter sempre em mente quem está no comando e quem é o animal de estimação.

m de mulher-ethos-2009