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Consulta Comportamental Online: soluções em comportamento animal sem sair de casa!

Diante de diversas situações e em vários momentos da vida, pode ser necessário agendar uma Consulta Comportamental à distância (Consulta Comportamental Online).Diferentes questões podem ser resolvidas através de um atendimento online, como por exemplo:

  • Dificuldades e problemas comportamentais

  • Escolha do pet ideal

  • Como montar o recinto ideal para seu pet

  • Comportamentos e educação básica do filhote

  • Enriquecimento ambiental direcionado e específico

Esta modalidade atende tanto quem mora em outras cidades, Estados, ou mesmo fora do Brasil, além daqueles que preferem e cuja situação possa ser abordada em um serviço via internet, com praticidade e agilidade.O atendimento e consultoria comportamental online podem ser efetuados tanto por Skype quanto por Whatsapp, ambos em videoconferência.Isto poupa deslocamento do profissional até a casa do cliente, além de ser bastante eficaz na modulação de diversas questões comportamentais de qualquer espécie animal: aves, mamíferos exóticos, cães, gatos, etc.

Pandemia e distanciamento social

Como estamos atravessando um período de grande incerteza no que se refere à pandemia de Coronavírus, temos recomendado aos clientes que optem pela versão Online do atendimento, minimizando quaisquer riscos a saúde de sua família e também de nossos profissionais.

Como saber se preciso de uma Consulta Comportamental Online?

Se você estiver enfrentando dificuldades no dia a dia com seu pet, ou tiver dúvidas sobre a melhor forma de cuidar dele e evitar o surgimento de problemas de comportamento, recomendamos o agendamento de uma Consulta Comportamental Online.

Durante a Consulta, você será atendido pela Bióloga Helena Truksa, que esclarecerá suas questões e irá lhe ensinar o que fazer para melhorar o convívio com os Pets.

Tudo com bases sólidas, científicas e atuais.

Como efetuar o agendamento da Consulta Comportamental Online?

Para agendar sua Consulta Comportamental Online, basta entrar em contato conosco através do email (info@ethosanimal.com.br) ou via Whatsapp (+55 11 99796-0052).

Atendemos Brasil e Internacional e o pagamento pode ser realizado via transferência, boleto ou cartão de crédito.

Tudo sem sair de casa!

E quanto aos custos do serviço?

O investimento na consulta comportamental online é padronizado. Sendo assim, ainda que você more no Acre ou na Austrália, vai pagar o mesmo valor. Caso tenha interesse em saber mais, basta entrar em contato solicitando informações:

info@ethosanimal.com.br

Whatsapp: 11 99796-0052

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Psicologia experimental e etologia investigam comportamento animal

Especialista fala sobre livro, pesquisa na USP e relações entre as áreas de psicologia experimental e etologia

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Livro de norte-americano que foi pesquisador visitante da USP aborda comportamento de animais sob o ponto de vista dos dois campos de conhecimento. Na imagem, gansos-de-faces-brancas em migração sazonal – Foto: Wikimedia Commons

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Escrever um livro que integrasse os vários campos de estudo do comportamento, especialmente a etologia e a psicologia experimental, numa linguagem básica comum foi um sonho acalentado por mais de 50 anos pelo etólogo americano Jerry Hogan, professor emérito do Departamento de Psicologia da Universidade de Toronto, Canadá.

Quando em 2009 o também etólogo César Ades (1943-2012), diretor do Instituto de Estudos Avançados (IEA) da USP à época, convidou o colega americano a apresentar um projeto para ser professor visitante do Instituto, Hogan decidiu aproveitar a oportunidade para finalmente escrever o livro. Lançado em novembro pela Cambridge University Press, o livro Study of Behavior – Organization, Methods and Principles é o resultado da estada do pesquisador no IEA de agosto de 2013 a julho de 2015.

Durante visita a São Paulo na primeira semana de 2018, Hogan concedeu entrevista ao IEA sobre o livro e sobre as várias mudanças no estudo do comportamento nas últimas décadas. A seguir, a tradução editada da entrevista.

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O etólogo americano Jerry Hogan, ex-professor visitante do IEA – Foto: Sandra Codo/IEA-USP

IEA – Sua ideia de escrever um livro relacionando o que há de comum entre a etologia e a psicologia experimental surgiu há mais de 50 anos, quando de seu pós-doutorado na Holanda. Desde então as duas disciplinas se transformaram e surgiram outras relacionadas a elas, aumentando ainda mais a fragmentação do conhecimento. Nesse sentido, pode-se dizer que foi melhor que tenha escrito o livro agora e com isso poder relacionar todos os antigos e novos campos de estudo?

Hogan – Naquela época, a grande discrepância aparente entre a etologia e a psicologia experimental era a ideia de que os etólogos observam os animais e seu entorno natural e os psicólogos observam o comportamento no laboratório. Além disso, os etólogos se preocupam com o que muitos chamam de comportamento instintivo e os psicólogos atentam para o aprendizado. De certa forma, eles são diferentes, mas se pensamos em termo de ‘doutrina’, o psicólogo e o etólogo são bastantes similares, pois ambos tentam entender como os animais se comportam. Desde então, os dois campos mudaram dramaticamente. A etologia tornou-se muito mais ecológica e interessada em diferentes tipos de explicações evolucionistas. A psicologia foi de interessada na resposta ao estímulo a algo muito mais cognitivo. Os psicólogos compreenderam que alguma coisa acontece no cérebro entre o estímulo e a resposta a ele. Os dois campos originais se tornaram bem maiores e mudaram de muitas maneiras. Uma das coisas que descobri é que muitas pessoas sentiam que as ideias antigas estavam todas erradas, que tudo deveria ser considerado de uma nova maneira. Mostrar que isso não é verdade é uma das coisas que espero que meu livro faça, pois é quase um livro histórico, que examina todas as ideias antigas, as modifica e tenta mostrar o que é mais relevante para o tipo de coisa que as pessoas estão fazendo atualmente.

A psicologia foi de interessada na resposta ao estímulo a algo muito mais cognitivo. Os psicólogos compreenderam que alguma coisa acontece no cérebro entre o estímulo e a resposta a ele.

IEA – O senhor diz no prefácio que não se trata de um livro de curso normal, pois não procurou fazer uma revisão da literatura relevante, mas sim uma monografia com suas ideias sobre vários aspectos do comportamento. De qualquer modo, o resultado atingido pode ser considerado uma concepção de como deve se dar a formação de um pesquisador do comportamento?

Hogan – Penso que sim. O livro apresenta o comportamento como penso que ele possa ser melhor entendido, de forma que todo mundo possa pensar sobre ele. Apresento outras ideias e mostro como minhas ideias poderiam ser usadas para interpretar os mesmos tipos de dados sobre os quais as pessoas estão falando. Quando digo que não é uma revisão da literatura, quero dizer que não digo: “Há estas ideias sobre isso; esta é a minha e esta é a forma de compará-la com as outras”. Não é também uma revisão no sentido de eu apresentar exemplos em detalhes. O leitor pode ver como o experimento foi feito, como a conclusão foi atingida. O livro apresenta coisas relevantes, do tipo “A descobriu isso; B, aquilo; C, aquilo outro; isto é um bom experimento, estas são as ideias e foi assim que o experimento foi feito”. Penso que é um bom livro para ensinar as pessoas a entender o comportamento e mostrar como elas mesmas podem pesquisá-lo.

IEA – Quando o senhor fala de similaridades entre os campos de estudo do comportamento significa que eles tratam dos fenômenos de maneira parecida e chegam a conclusões próximas ou as abordagens são complementares?

Hogan – Os fenômenos são os mesmos: animais, inclusive pessoas, fazendo alguma coisa. Isso é comportamento. Como investigá-lo e como interpretá-lo. Niko Tinbergen, um dos fundadores da etologia, tinha uma lista de quatro diferentes tipos de questões que podem ser feitas: o que causa o comportamento, como ele se desenvolve, qual o seu valor para a sobrevivência e como ele evolui. Psicólogos em geral não estão interessados em valor para sobrevivência ou evolução. Muitos etólogos se tornaram interessados apenas em evolução e não mais nas coisas do comportamento. De fato, se você lê um livro de curso britânico sobre etologia, não encontrará quase nenhuma referência sobre o que antigos etólogos costumavam fazer, nem sobre coisas que os psicólogos e neurofisiologistas estão fazendo. Por outro lado, neurofisiologistas, que estão interessados em memória e coisas assim, não falam sobre como o comportamento evolui. Apresentam questões diferentes. Uma das coisas que Tinburgen disse muitos anos atrás é que se deve realmente olhar para os fenômenos de todas as diferentes maneiras, mas um psicólogo pode dizer que a evolução não é relevante para o estudo ou que é relevante, mas não se preocupará com ela. Não é necessária.

Um psicólogo pode dizer que a evolução não é relevante para o estudo ou que é relevante, mas não se preocupará com ela. Não é necessária.

IEA – De que forma sua estada no IEA e as interações com pesquisadores da USP contribuíram para a produção do livro?

Hogan – Eu dei um curso de psicologia na USP em 1977, quando conheci Cesar Ades. Continuamos a manter contato e estive novamente no Brasil em 2008 e 2009. Quando estava aqui, durante um almoço, Cesar me sugeriu que viesse para cá como professor visitante. Pensei que era uma boa ideia, mas eu tinha de ter um projeto. Como digo no prefácio, eu estivera pensando em escrever o livro por 50 anos. Eu sabia mais ou menos o que tinha de fazer para apresentar a proposta. Me aceitaram e comecei o meu livro. Foi uma continuação do meu contato com pesquisadores brasileiros. As condições oferecidas foram excelentes, principalmente o fato de que não incomodam você. Você senta na sua sala e ninguém bate na porta para pedir que faça alguma coisa. E se você precisa de ajuda, pede a alguém.

– Quais as perspectivas para o estudo do comportamento nas próximas décadas? Podem surgir novos campos de estudo a serem integrados aos já existentes?

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Capa do livro de Jerry Hogan, Estudo de Comportamento – Organização, Métodos e Princípios – Foto: Reprodução / Cambridge University Press

Hogan – O que o livro pode fazer é reunir pessoas de diferentes campos, como neurofisiologia, ecologia do comportamento e neuropsicologia, que pensam de diferentes maneiras, devido às diferentes perspectivas, e permitir que usem uma linguagem comum. Acho que essa é a real importância do livro: definir um tipo de linguagem para falar sobre psicologia cognitiva, comportamento de ratos, evolução. Uso um vocabulário básico que se aplica a todos esses campos. Não é muito diferente do que outras pessoas estão fazendo. Você tem de se especializar no que está fazendo no laboratório ou em um estudo particular, mas deveria estar pensando nas coisas em termos de um quadro amplo.

IEA – Depois do esforço de produção do livro, pretende iniciar algum novo projeto ligado ao estudo do comportamento?

Hogan – Estou pensando nisso. Tenho colaborado com pesquisas experimentais de outras pessoas. Elas estão fazendo o trabalho de laboratório. Não tenho estado num laboratório há muito tempo. Não estou realmente observando animais, mas colaboro nas discussões de base sobre os experimentos. Mas tenho de dizer que ao escrever o livro eu aprendi bastante. Os capítulos tratam de diferentes áreas. O que me surpreendeu é que algumas ideias de uma área são muito similares às de outra e eu nunca tinha pensado a respeito dessas relações. Se eu tiver ânimo, escreverei sobre elas.

Mauro Bellesa / Divisão de Comunicação do IEA
Fonte:  Jornal da usp, ciências, 10/01/18

Cães idosos podem aprender?

Quem não conhece o antigo ditado popular “não se ensina truque novo a um cachorro velho”, mas será verdade? Sabemos que  população canina está envelhecendo e assim como os humanos, os Pets também estão com a expectativa de vida maior e as dificuldades de um animal idoso são bem parecidas com as dificuldades de humanos idosos. Com passar do tempo articulações vão dando seus primeiros sinais de desgaste, pode ocorrer incontinência urinária, os dentes ficam mais sensíveis, pesquisas científicas indicam que os peludinhos podem até sofrer de doenças como Alzheimer.

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Golden idoso. Fonte Flickr de normanack

 

Mas dizer que um cachorro idoso não poderia aprender é um pouco equivocado, o processo de envelhecimento não limita o aprendizado em si, o que acontece normalmente é um declínio de algumas atividades motoras e fisiológicas que na maioria das vezes não interferem na inteligência nem na capacidade de resolver problemas, salvo claro quando o animal possuir alguma doença degenerativa. Os cães idosos necessitam de treinos diferenciados, que respeitem suas limitações, mas são plenamente capazes de aprender coisas novas.

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Buldogue idoso, disponível em flickr de Michelle Tribe

Na verdade, o adestramento pode muitas vezes melhorar a qualidade de vida de um peludo velhinho, por exemplo, um cão idoso que sofre de incontinência urinária pode aprender a fazer xixi sob comando, e assim diminuir assaduras decorrentes do uso de fraldas. O exercício controlado também pode ser benéfico para evitar que músculos fiquem atrofiados. O importante é sempre ter um bom acompanhamento com veterinários de preferência especializados em cães idosos. Esses profissionais já estão disponíveis no mercado, e também podem contribuir para melhorar a qualidade de vida desses animais, realizando exames preventivos para diagnosticar doenças cardíacas, diabetes, entre outras que são mais comuns em animais idosos. O veterinário também pode indicar uma ração Sênior, que além de possuir componentes que ajudam na manutenção das articulações facilita a mastigação por possuir grãos menores, tendo em vista o desgaste natural dos dentes.

Muitos animais idosos acabam em abrigos, e as chances de adoção são bem menores. Normalmente isso ocorre porque a população acredita ser mais fácil ensinar um filhote ou um cão jovem. Entretanto, dependendo da dinâmica dos futuros tutores pode ser uma boa opção, a adotar um idoso, pois ele não vai ter tanta energia para gastar quanto um filhote, os adotantes não terão problemas com a troca de dentes, etc. De qualquer forma é bom ressaltar que educar exige paciência independente da idade e espécie a ser educada. Animais de porte grande tendem a envelhecer mais rápido e ficarem um pouco mais sedentários que os de porte pequeno, mas a devoção dos peludos mais velhos com certeza será a mesma de um filhote.